quinta-feira, 19 de março de 2015

Precisamos aprender sempre



A inutilidade e o amor 
Palavras que me encantaram e me levaram à reflexão:


                           



Ter que ser útil pra alguém é uma coisa muito cansativa.
É interessante você saber fazer as coisas, mas acredito que a utilidade é um território muito perigoso porque, muitas vezes, a gente acha que o outro gosta da gente, mas não. Ele está interessado naquilo que a gente faz por ele.

E é por isso que a velhice é esse tempo em que passa a utilidade e aí fica só o seu significado como pessoa. 
Eu acho que é um momento que a gente purifica, né?
É o momento em que a gente vai ter a oportunidade de saber quem nos ama de verdade.

Porque só nos ama, só vai ficar até o fim, aquele que, depois da nossa utilidade, descobrir o nosso significado.
Por isso eu sempre peço a Deus para poder envelhecer ao lado das pessoas que me amem. 
Aquelas pessoas que possam me proporcionar a tranqüilidade de ser inútil, mas ao mesmo tempo, sem perder o valor.
Quero ter ao meu lado alguém que saiba acolher a minha inutilidade.
Alguém que olhe pra mim assim, que possa saber que eu não servirei pra muita coisa, mas que continuarei tendo meu valor.

Porque a vida é assim, fique esperto, viu?
Se você quiser saber se o outro te ama de verdade é só identificar se ele seria capaz de tolerar a sua inutilidade. 
Quer saber se você ama alguém? Pergunte a si mesmo: quem nessa vida já pode ficar inútil pra você sem que você sinta o desejo de jogá-lo fora?

É assim que descobrimos o significado do amor. 
Só o amor nos dá condições de cuidar do outro até o fim.

Por isso eu digo: feliz aquele que tem ao final da vida, a graça de ser olhado nos olhos e ouvir do outro: "você não serve pra nada, mas eu não sei viver sem você".

Padre Fábio de Mello


Um grande e amoroso abraço
Vania